Pouso é uma das etapas que alunos pilotos mais sofrem para aprender e é nesta etapa onde muitos pilotos cometem erros que podem resultar em acidentes graves. Vale lembrar que a maior parte dos acidentes acontecem nas decolagens e pousos.
Durante muitas pesquisas e centenas de pousos e decolagens posso concluir que básicamente, de forma simples, o pouso se baseia em cinco palares primordiais para uma boa execução com segurança e conforto.
Antes de tudo vale lembrar que todo pouso bem sucedido é uma arremetida que deu errado.
OS CINCO PILARES SÃO:
Um bom circuito de tráfego
Velocidade é a chave
Rampa de aproximação estabilizada
Altura do arredondamento
Corrida de pouso
Como pode perceber estes pilares são interligados e um sustenta o outro, de forma que se iniciar com um péssimo circuito de tráfego a tendência é estragar o resto e resultar em um belo catrapo! Um bom circuito de tráfego O que define um bom circuíto de tráfego? Afinal o que isso pode impactar no meu pouso? Bom o circuíto de trafego engloba a segurança, conforto e previsão. A primeira coisa que tem que ter em mente é a segurança, ou seja o CONE DE SEGURANÇA, ou seja em caso de uma pane de motor (principalmente monomotores), você será capaz de chegar na pista? Por exemplo você voando na perna do vento, de travez que te empurra para longe da pista, te forçará a voar mais perto da pista, pois se você estiver em pane, você conseguirá alcançar com tranquilidade a pista, porém se você esta com um vento te jogando para cima da pista, é recomendavel realizar a perna do vento um pouco mais afastada, pois conseguirá chegar na pista com facilidade, porém estará tão perto que não conseguirá realizar a perna base e o enquadramento da pista com conforto; ou seja realizar o circuito de trafego na altura correta e afastamento dentro do cone de segurança porém com distância o suficiente para definir adequadamente cada perda do circuíto. Velocidade é a chave A velocidade é reamente a chave para um bom pouso, pois se traduzirmos ela como energia, podemos compreender melhor a administração de um bom arredondamento. Velocidade em execesso resultará na nescessidade de uma razão de decida maior, e também, durante o arredondamento o avião flutuará mais. Velocidade abaixo do ideal, você terá uma aeronave mais "boba" na mão, e mais sucetivel à ventos, e podendo estolar pré-maturamente durante o arredondamento. Mais qual é a velocidade ideal? A velocidade de aproximação Vapp, ou seja Vref + componente de vento. Mais o que é Vref, basicamente é 1.3 x Vstall. Por exemplo um Cessna C150/152, a velocidade de stall com flap up é 47KIAS, ou seja 1.3 x 47KIAS = 62KIAS de Vref, porém levando em consideração um vento de rajada que varia entre 9kt até 21 kt, temos uma diferença de 12 kt, a componente de vento será a metade disso, ou seja 6kt. Então Vref + componente teremos 62KIAS + 6kt = 68KIAS de Vapp. Vale lembrar que muitas empresas e escolas utilizam padrões de velocidade de forma conservadora, como por exemplo o Aeroclube de SJC utiliza como padrão para os Cessnas 150/152 a Vapp de 70KIAS. Rampa de aproximação estabilizada A rapa estabilizada é fundamental, pois uma rampa bem executada com uma razão de descida constante, com a devida correção de vento e a velocidade de aproximação constante, proporciona estabilidade e previsibilidade durante o arredondamento. Nas aproximações normalmente é utilizado uma rampa de 3º ou superior chegando até uns 8º. Lembrando que aeronaves monomotores tem tendendia de aproximar com rampas mais ingremes com o intuíto de ter margem de segurança contra panes de motor, além de aernaves de como o C150 tem a facilidade de aproximar com rampas de 7º/8º que proporciona realizar aproximações estabilizadas livrando obstaculos colados à cabeceira da pista. Arredondamento O arredondamento não é bem uma ciência, porém consideramos que ele começa à 10ft do solo, e utilizamos o efeito solo para nos proporcionar desacelerar o máximo possivel para realizar um toque seguro, controlado e com pouca energia. Uma bom toque, com o avião alinhado com a pista, corrigindo o vento de forma correta e iniciando na altura certa proporcionará controlabilidade para a corrida de pouso. Corrida de Pouso A maior parte dos pilotos despresam a corrida de pouso, pois acham que depois que o avião tocou a pista, o pouso acabou, mais lembre-se que muitas excusões de pistas acontecem nesta etapa, pois o piloto relaxa e baixa seu nível de atenção, despresando ventos e outros fatores anormais. A correção com ailerons e pedal para evitar perda de controle é fundamental nesta etapa, principalmente com ventos de travez ou rajadas. Este é um modo de ver e que vejo muitos pilotos tanto do Brasil quanto do exterior comentarem sobre como alcançar um bom pouso. Mas esse é um ponto de vista, qual é o seu?
Escrito por Guilherme Pelegrino.